terça-feira, 3 de outubro de 2017

Sem retirar uma grama do valor da vitoria e do trabalho de Inês Medeiros, que muito estimo, e da Equipa que a acompanhou !


Sem retirar uma grama do valor da vitoria e do trabalho de Inês Medeiros, que muito estimo, e da Equipa que a acompanhou !
É verdade que temos não "n" mas "n+1" comentadores políticos, analistas, especialistas, jornalistas e pessoas que levam os seus dias a meditar nestas coisas para mais tarde nos encherem as casas e os ouvidos com as suas conclusões. 
Desvalorizo até o retorno que isso lhes possa dar.
É difícil, para mim, compreender como tanta gente fala das pesadas derrotas do PCP, á cabeça a Camara de Almada, os "roubos" de votos que o PS terá feito ao PCP, e o Bloco, e ..., nem sei mais quem. 
E nenhum deles, pasme-se, se deu ao cuidado de analisar a base social de apoio a cada uma das forças políticas, a sua manutenção ou alteração.
Dou de barato que, EM PARTE, só em parte, as analises estejam certas. 
Mas, com os diabos, embora aqui do diabo não se trate, e a composição social, as alterações demográficas, não contam? ninguém pensou ou é como no caso dos livros "pró menino e prá menina" que só o Ricardo Araújo Pereira se deu ao trabalho de ver,  com os dois que a terra há-de comer, bem abertos ?
É sabido que em governações anteriores , nem vale a pena mencionar o nome da ministra, correu com muitas famílias das suas casas em Lisboa, reservando a cidade para turistas, que são bem vindos mas não podem substituir a população local, lisboeta.
É sabido que o preço do imobiliário em Lisboa subiu de forma acelerada e está a níveis proibitivos para os rendimentos da classe media portuguesa,
É sabido que muitas dessas famílias, classe media, do sector terciario, procurou alternativas na periferia e no outro lado do rio, Almada.
Aliás, como antes do 25 de Abril, quem vinha do interior para Lisboa, trabalhar, assim era obrigado a fazer.
E, até já muitos dos que nos visitam, que não são parvos e na grande maioria vivem em cidades onde fazer diariamente 20 minutos de barco nada os atrapalha, tomaram também, em muitos casos, essa opção de ficar na outra margem do rio. Almada está também a encher-se de "hostals".
Mas interessam os de cá, os que votaram.
e, nesses, houve, de facto, uma enorme alteração da base social social de apoio do Partido Comunista.
É, a meu ver, colocar o ónus no PCP, rápido e direito, ou no PS, a não ser que se analise com intuitos sombrios de promover "guerras e desconfianças" entre eleitorados e militantes dos dois Partidos.
Por mim, respiro fundo duas ou três vezes antes de pensar, e, sobretudo, de o dizer dessa forma ou escrever.
E, com esta me vou ... que se faz tarde !

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