quinta-feira, 21 de julho de 2022

Os Sábios das televisões

 

Nestes dias, confortado nos meus enormes esforços pelos bons ares da Quinta da Aguieira, tenho investido muito, mesmo muito, na investigação e compreensão dos critérios de descoberta, escolha e contratação pelas estações televisivas, jornais, rádios e revistas de tantos comentadores aptos para todo o serviço, daqueles que sabem sobre tudo, comentam sobre tudo e se mais coisas novas surgirem, eles aí estarão igualmente com o boné e camisola de conhecedores ou mais correctamente, sábios!

A solução chegou-me da sabedoria popular por via do meu bom parceiro da PP2P.

Então, em tempos muito antigos, um rei que entendia dar um passeio pelos campos, chamou o seu meteorologista muito competente e conhecedor e indagou-o sobre se iria ou não chover.

Assegurou-lhe que não, consultou os astros e a resposta foi negativa. tinha anos e anos de sábia experiência e tratava os astros por tu.

Lá partiu o rei. 

Pelo caminho, encontrou um camponês com um muro que o preveniu que viria lá uma grande tempestade e chuva.  A meio do percurso a chuva e o mau tempo vieram com enorme força 

Retrocedeu.

Chegado ao castelo, chamou o  meteorologista e despediu-o. E mandou procurar o camponês para o contratar para o seu lugar.

O homem chegou, sempre  com o seu burro, e disse com toda a humildade e verdade ao rei que ele do tempo nada sabia. Guiava-se pelas orelhas do seu burro. Se elas estivessem para baixo, o tempo estaria normal. Se ele as tivesse constantemente levantadas, era sinal de alerta e a tempestade viria a caminho.

Sendo assim, o rei mudou de ideias e contratou o burro para o lugar do meteorologista!

Desta enorme investigação, aprendi e concluo agora sobre os critérios da comunicação social e da menos social que orientam a contratação de tantos burros.

O Mundo e a Natureza são simples, é preciso é procurar entender as regras que tudo orientam!


Carlos Pereira Martins

(Um ignorante ao serviço da Comunidade) 




 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

O dia a sorrir !

 Hoje saí à rua a sorrir.

Cheguei mesmo a rir
Moro em frente de uma enorme escola de jovens e, nas traseiras, há logo outra, o Externato Maristas, também enorme.
De maneira que, no início das manhãs escolares, a rua fica completamente cheia de carros, todos a largarem as suas crianças e chegam a passar duas vezes os semáforos de verde a vermelho e aquilo não se mexe.
Saio da garagem e vou sempre no sentido oposto, é o mais simples. Sempre as viaturas paradas me dão uma brecha para furar para o lado oposto, não empato. Hoje, uma donzela, mãe jovem, claro, que as com mais idade, normalmente já passaram por tudo e são mais calmas, quase me passava por cima, por dentro ou por baixo. A senhora, pura e simplesmente não era educada o suficiente para me facilitar uma passagem que não tinha a ver com o "trânsito" dela.
Furiosa, talvez com a Vida, o trânsito ou talvez com ela mesma, a mulher gesticulava para mim, fazia-me sinais obscenos, de tudo um pouco.
E foi quando me comecei a sorrir e depois mesmo a rir.
O circo humanóide ou o zoo humano, como queiram.
Ri dela e de todos nós que tantas vezes fazemos figuras parecidas.
Mas acabei furioso por ter, mais conscientemente, que reconhecer que, afinal, isto de pessoas, há de tudo. Até aqueles seres de génes malignos, mal formados, espúrios da sociedade que os trouxe ao mundo ou os pariu.
E, desapareci em sentido contrário à selva humana ali tão concentrada.
Bom dia ou bom fim de dia para os calmos. Dizem que deles será, será mesmo?, ... o reino dos céus!
CPM