domingo, 30 de outubro de 2011

Viva o Meu Belenenses !

                                                     
Tanta,  tanta  honra  e  a alegria  de  poder  servir  o  meu  Clube !

Há  já  vários anos,  desde  1995,  que  sirvo  com  regularidade  integrando  os  Corpos  Sociais
do  Clube  ou  da  SAD,  o  Clube  de Futebol "Os Belenenses".

Colaborei  como Presidente do Conselho Fiscal,  Vice-presidente  da  Mesa da Assembleia Geral
em  mandatos em  que  o  saudoso  Major Baptista da Silva  era Presidente;   depois fui  Presidente  da  MAG  da  SAD,  em  mandatos  sucessivos.

Penso  ter  ganho  a  confiança  e  a  amizade  da minha Família Belenenses   por  sempre  ter  pautado
a  minha  actuação  naqueles  cargos  pelo  muito  respeito  por  todos os  Sócios  ou  accionistas,  no
caso  da  SAD ,   pelo   rigor  absoluto  pela pluralidade  de  opiniões  e  por  reconhecer   e  fazer
aplicar   o   direito  ao  pensar  de forma  diferente  que  a  todos  nos  assiste,  em  prol  dos  interesses
do  CFB.

No  domingo  passado,  os  Sócios      deram-me a enorme  Honra   e  alegria  de  em  mim  confiarem
para mais  uma  nobre  missão, elegendo-me Presidente da Assembleia Geral  do Clube de Futebol "Os
Belenenses".
Sinto,  a  cada  hora,  a  alegria  mas  também  a  enorme  responsabilidade  de  a  merecer.

Em Memória de Marco Simoncelli

                                               

Conheci  e  falei  com  Simoncelli  várias vezes,  em  vários  anos,  no  Autódromo  do  Estoril,
entidade  onde  fui  membro  do  Conselho de Administração  e  da Mesa  da Assembleia Geral.

Foram   momentos    de  profunda  tristeza  aqueles  que  se  seguiram  ao  fatidico
acidente,  domingo  passado,  no  GP  da Malásia e  a  que  assisti  pela  televisão.

Era  um  piloto  cativante,  talentoso  e  dos  mais  simpáticos  que  nos  visitaram.
Fica  uma  foto  com  ele,  há  anos,   com  um  Grande Bem  Haja  pelos  bons  momentos  que
nos  deu  e  pr  tudo  o  que   fez  pelos  desportos  motorizados.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Livro Verde dos Transportes - Plenária de Outubro aprova Parecer presidido por Carlos Pereira Martins

  



PT
 
A Europa precisa de reformar radicalmente os seus sistemas de transporte. As populações urbanas passam cada vez mais tempo em engarrafamentos, as emissões provenientes dos transportes contribuem para que os gases com efeito de estufa acelerem as alterações climáticas e a falta de coordenação entre os sistemas e redes nacionais custa tempo e dinheiro que poderia ser utilizado para ajudar a Europa a sair da actual crise. Contudo, o Comité Económico e Social Europeu considera que as últimas propostas políticas da Comissão Europeia não são suficientemente ambiciosas.
O CESE já destacou o papel dos transportes na promoção da competitividade e da prosperidade, bem como a necessidade de um sistema de transporte integrado em toda a Europa e de maior eficiência e segurança energéticas.Como tal, acolhe favoravelmente o facto de o «Roteiro do espaço único europeu dos transportes» da Comissão incluir algumas destas ideias.  O Roteiro define objectivos ambiciosos que deverão ser cumpridos até 2050, incluindo o desaparecimento progressivo dos veículos equipados com motor a gasolina nas zonas urbanas. Num novo parecer, o CESE descreve este documento como um «contributo valioso para o desenvolvimento de um sistema de transportes eficiente e sustentável na Europa».
Encontrar investimento
Contudo, o Comité encontra várias lacunas nas propostas. Por exemplo, o Roteiro reconhece que é indispensável investir mais em infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e outras alternativas mas, tendo em conta o contexto económico actual, dá poucas indicações sobre como encontrar novos recursos. A proposta de financiar mais infra-estruturas com taxas impostas de harmonia com o princípio do «utilizador-pagador» deve ser abordada com cuidado, dadas as diferenças entre os Estados-Membros do centro e da periferia da UE.
O CESE considera também que se todos os contratos de serviços ferroviários de passageiros forem adjudicados apenas com base em concursos públicos, os serviços públicos fundamentais de trajectos que não sejam lucrativos poderão ser prejudicados. Apela ainda a um «balanço fundamentado» do impacto da liberalização do sector ferroviário nos Estados-Membros da UE.
Os transportes geram uma quantidade considerável e cada vez maior de CO2, um gás com efeito de estufa, e representam cerca de um quinto de todas as emissões de carbono na UE. O Roteiro preconiza uma redução de 60% das emissões num prazo de 40 anos e este «objectivo ambicioso» poderá ser crucial para o desenvolvimento de políticas e tecnologias no futuro. Contudo, o CESE considera que o documento da Comissão é «derrotista» no que respeita a reduzir as emissões de carbono no transporte de mercadorias. Por exemplo, a entrega de mercadorias nas zonas urbanas, denominada «últimos quilómetros do trajecto», tem um impacto significativo nos sistemas de transporte urbanos e deve reger-se por normas da UE que promovam a mobilidade sustentável, utilizando iniciativas como os centros coordenados de logística.
O Comité apoia o princípio da co-modalidade e, como tal, apela a uma abordagem mais flexível da transferência modal do transporte rodoviário para o transporte ferroviário e por vias navegáveis, em vez do objectivo de 300 quilómetros definido para todos os Estados-Membros, como proposto pela Comissão. Este objectivo não leva em conta as diferentes densidades da rede e outros factores.
A dimensão social
Um dos objectivos do Roteiro é criar emprego de «qualidade». «No geral, a vertente social do Roteiro está pouco desenvolvida». «Há que propor medidas que permitam reforçar a formação e acompanhar os intervenientes do mercado nos seus esforços de recrutamento.» O parecer defende que se conceda mais importância ao diálogo social entre os empregadores e os sindicatos do sector dos transportes para evitar conflitos sociais, respeitando plenamente os direitos à acção colectiva dos trabalhadores, de acordo com o artigo 151.° do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.
Além disso, o CESE considera que o Roteiro não aborda os problemas de dumping social e salarial que afectam sobretudo os sectores do transporte rodoviário de mercadorias, do transporte por via navegável interior e do transporte marítimo.
À parte a meta de 2050, o Roteiro não define um calendário para a sua aplicação. O CESE «recomenda que se articulem melhor as medidas estratégicas do Roteiro (até 2050) com as medidas mais práticas e imediatas (2020 e 2030)», afirma o co-relator, Stefan Back.
O Comité concorda que os cidadãos europeus têm de adoptar novos hábitos de viagem.  Contudo, não obstante as muitas medidas possíveis para reduzir o volume de tráfego, subscreve a perspectiva geral da Comissão de que «restringir a mobilidade não é solução».  Com efeito, os transportes operam por definição num contexto global e o parecer do CESE apoia sem reservas o desenvolvimento de normas ambientais à escala global. 
Pôr a inovação a trabalhar
O CESE acolhe favoravelmente a investigação e a inovação europeias destinadas a desenvolver e a utilizar meios de transporte mais limpos e energeticamente mais eficientes, visando também reduzir a dependência da Europa de importações de petróleo dispendiosas. Por exemplo, apoia a difusão efectiva dos veículos eléctricos e das infra-estruturas de recarga e apoia a utilização de veículos e comboios maiores, incluindo no transporte transfronteiriço. 
Finalmente, o parecer levanta a questão cada vez mais importante da evolução demográfica.  A população europeia está a envelhecer e 15% dos cidadãos sofrem de algum tipo de deficiência. «O documento negligenciou a questão da deficiência», afirmou o relator. A verdadeira mobilidade implica o acesso de cada cidadão a todos os elos da cadeia de viagem. O CESE preconiza a criação de um Cartão Europeu da Mobilidade que conceda reduções harmonizadas no preço dos transportes em toda a União Europeia.
«O CESE apoia a elaboração de uma estratégia europeia para transportes eficientes e efectivamente sustentáveis que tenha em conta os desafios económicos e ambientais, mas também sociais», concluiu Pierre-Jean Coulon.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Á Mon Avis !





É  fundamental    interpretar  e   descodificar

Do  muito  que  foi  dito  e  escrito  nos  últimos  três  dias,  surpreendeu-me  uma  peça  divulgada  primeiramente  pela  
RTP1,  inserida  nm  serviço  noticioso  de  horário  nobre  e  depois  repetido  ,  no  dia  a  seguir. 
Aparentemente  aparecia  deslocada,  como  costuma  dizer-se,  de  pára-quedas,  a  despropósito.
A mensagem  era  que  os  portugueses  beneficiam  de  subsídios  durante  toda  a  vida. começa  com  o  de  nascimento,
depois  o  abono  de  família (  que  já  não  cobre  a  grande  maioria  das  pessoas) , por  aí  fora  até  ao  de  funeral.

Na  noite  passada,  também  com  surpresa,  ouvi  o  Professor  Cantiga  informar   que  o  que  o  Governo   está  a  fazer
é  acabar  ,  aos  poucos,  com  o  que  resta  do  Estado  Social  e  com  o  dito  modelo  social  consagrado  na  Constituição.
Que  é  aos  poucos  pois  os  politicos  não  terão  ainda  coragem  para  o  revelar  de  forma  nua  e  crua.

Aparentemente,  dado o  trabalho  que  o  Professor  Cantiga Esteves  tem  feito  para o  PSD,  desde  o  inicio  dos mais  fortes
ataques  a  José  Sócrates  e  ao  anterior  Governo,  dava  a ideia  que  se  tinha  distraído. 
Mas  não,  seguramente  que  não.

Creio  muito  sinceramente  que  a  peça  da  RTP  não  foi  inocente,  terá  sido  a  pedido  e  bem  coordenada, vá  lá  saber-se 
por  quem !

Assim,  ficou  inicialmente  nos  ouvidos  que,  por  cá,   há  subsídios  para  tudo  e  mais  alguma  coisa,  em  grande  demasia.
Não  é  verdade,  basta  andar  por essa Europa  fora. 
Mas,  outra  coisa  é  não  serem  demasiados  mas  não  haver  forma  de  os  pagar,  sejamos  sérios.

Esta noite,  num  programa  de pseudo  discussão  em  que  sempre  muito  se  fala  e  pouco  se  explica  ou  deixa  explicar  a  
quem  sabe,  O  Professor  Cantiga  diz  claramente  que  se  está  a  desmantelar  o  Estado  Social,  pela  calada,   e  que  deve  
haver  coragem  para  o  fazer  já  e  o  dizer  claramente,  também  desde  já.

Ora,  isto  parece  muito  brutal  e  pouco  avisado. Mas  há  que   interpretar  e  descodificar. 
De  facto,  a  melhor maneira  de  o  fazer  é  "começar  a  desmantelar",  fazer  cair  os  apoios sociais  e  que  haja  alguém  que
o  diga.  Uma,  duas  e  três  vezes,  oficiosamente,  na  tv,  de  preferência.

depois,  vem  a  duvida  se  estará  mesmo  a  ser  feito  isso  ou  não  e,  ligo  a  seguir,  concluindo-se  que  sim,  o  choque  maior  
já  passou.  Institucionalizou-se,  sorrateiramente  e  pela  calada  da  noite  e  do  dia.

Ah,  apenas  um  pequeno  esclarecimento :  não  é  que  não  haja  criação  de  riqueza,  trabalho e produção  para  gerar  meios  para
os  tais  apoios  sociais  desde  o  nascimento  ao  funeral. 
Haver  há.

Aconteceu  é  que  tiveram  que  ser  dados  para  cobrir  casos  de policia  chamados  BPN  e  BPP,  pelo  menos  esses.

Era  um  pormenor,  mas  importante,  ...  ,  á  mon  avis  ... !                         ______________________________________   


O  titulo é de Nicolau  Santos  e  é  extremamente  feliz.  A   meu  ver.



"Antecâmara da recuperação ou câmara ardente da economia portuguesa?"

Não  tenho  qualquer dúvida  que  a esmagadora  maioria   do  povo  português  deseja  com  todas  as  suas  forças  que  a  antecamâra  seja  a  da  recuperação.
Mas  há  ainda  os  que  continuam  distraídos.  Os  que  continuam  a  brincar  com  a  situação,  a  imprimir  t-shirts  de  mau  gosto  alusivas  á  crise,  a  compor
cançonetas,  igualmente  de  mau  gosto,  alusivas  á  situação. E  os  que  ainda  não  entenderam  nada,  também  os há.

Vamos  esquecer  aquele  conjunto  de  jornalistas  que  continuam  a  tratar  o  tema  como  "la  grande  bouffe"  ,  com  um  enorme  distanciamento  e  como  se
lhes tivesse  saido  a  sorte  grande  para  as  suas  carreiras  profissionais  e,  naturalmente,  para  a  carteira. Sangue,  suor  e  lágrimas,  a  receita  perfeita  para
uma  certa  imprensa,  demasiado  independente  do  interesse  publico e  nacionais.







terça-feira, 11 de outubro de 2011

Click IT ! " e - inclusion" Conferência em Gdansk , Polonia






Realizou-se  em  Gdansk, Polónia, de  5 a 7 de Outubro,  a conferência  Click IT !  um fórum   de  discussão  europeia sobre   inovação e  inclusão digital.
Esta Conferencia teve  o patrocínio directo e o envolvimento  do  Comité Económico e Social Europeu,  através  da  sua secção TEN.

A sessão de abertura contou com a presença da Ministra da Ciência e Educação  polaca  , do Mayor de Gdansk e de Neelie Kroes, Comissário Europeu com a responsabilidade da Agenda Digital.
A primeira sessão plenária debateu  o "bem estar, independência a diversidade"  e teve  diversos oradores  europeus  e  norte  americanos.
Especial interesse  teve  também  o  debate  dedicado  ao  tema  "we are  digitally Included "  com  a  presença  e  intervenções  de  conferencistas  dos   grupos   de  maior  predominância  de  não  incluídos,
Mulheres,  Deficientes  e  Idosos   que  testemunharam  experiências  negativas  concretas  e  avanços  tecnológicos  que  permitem  hoje  superar  essas  dificuldades,  através  da  inclusão  digital.

Outro  tema  de  grande interesse,  também  tratado  numa  sessão  plenária,  foi  "Dozens of Millions Have  Never  Clicked !"  na  qual  Anna  Maria Darmanin,  Vice  Presidente  do  CESE,  fez  uma  comunicação  de  muito  interesse  e  houve  ainda  a  participação  muito  interessante  de  uma  representante  da  Bill  and  Melissa  Gates  Foundation.

A  sequência  da conferencia  deu  lugar  a  três  ateliers  com  três  grandes  temas :  
    -  Social Facilitators
    - Effective E-Inclusion Policies and Programs
    - Digital literacy for employability and Entrepreneurship

A  terminar,  a  discussão  orientou-se  para  o  tema  " Digital  Agenda - Going Local" ,  com  a  participação  activa  através  de  uma  comunicação  de  Laure Batut,  Conselheira  do  CESE,  e "Digital Inclusion"   








segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Very easy to understand - the initiative of some very rich european people - Middle Class, Crisis and solutions


One of the problems we face in trying to adopt a joined-up approach to the current crisis, with joined-up solutions, is that this crisis has three separate dimensions: a short-term one, the financial crisis; a medium-term one, the economic crisis; and a long-term one, the cultural and political crisis. And in many cases the solutions for one crisis will complicate the situation of the others. Unfortunately, not many people have grasped this.

In addressing one aspect, one tends to forget the others. This occurred in the recent past with the environmental and energy crisis.
The financial crisis led people to forget what came to be a priority battle that would take decades: saving our planet.

The same thing happens within our countries, where solutions that are the salvation of some groups often worsen the situation for others. For instance, just when measures are being taken that will mean income cuts and unemployment for many people, others – such as those in the financial sector – see the stock exchanges increasing the value of their assets.

Hence the abiding need for an ability to take a joined-up approach in terms of understanding, analysis and solutions. Because the truth is that there is never just one solution.
The measures taken to save one country are the same as those which are being questioned in another neighbouring country – precisely to save that country too.
It happened in Europe and in the United States when seeking a way out of the great depression of 1929. The answer lay in greater state intervention to guarantee the stability which the "perfection of the market" was not truly able to provide. The new crises facing us today have already blotted out this experience and the lessons drawn from past crises; and once again it has been the markets that have promised stability and efficiency, even arguing that the party which prevents this is the state. Who is right?
They both are, and this naturally has many implications.

Another very important aspect which I would like to highlight is that those who were behind the radical structural upheavals which have occurred still retain the power to decide what solutions to adopt – these being the only solutions guaranteed to enable their group to survive and reinforce their power. What is happening with the major US financial groups is a case in point.

It is essential that we keep in mind the differing implications of the solutions and measures adopted, if we are to understand the true portent of the solutions being presented in each country as the only possible and inevitable solution.

To take one example: social spending on education, health and care for the elderly are now viewed in Europe as avoidable costs which can be cut, while in Brazil and other emerging economies they are now seen as a strategic investment. Who is right? Of course they both are, with different immediate interpretations of the overall collateral effects.

Within civil society, the professions form a significant part of the middle classes which underpin the growth and sustainability of western society as we know it.
A group of citizens recently took a course of action in their country of origin that was difficult to understand even for those who stood to benefit greatly from it.

In our view, however, it is very easy to understand.

People who have no resources and people who are poor do not pay taxes.
People who have resources and great wealth do not pay taxes either, because they have the power to avoid them.

People who earn their livelihoods from paid work have no alternative, and pay for themselves and for those who don't pay, in order to guarantee the balances which enable society as we know it to keep functioning.

If there was ever any doubt, recent experience has shown that whenever efforts are needed to replenish state coffers, governments see only one solution. They reach into the pockets of those whom they know will pay up immediately: the middle classes.

The middle classes are the main buttress of western society, of the civilised world. They work, produce, consume, pay their taxes, and have children to ensure that the cycle will continue.

Today, by penalising the middle classes so greatly we risk taking away their power to consume; yet it is this consumption which underpins the need to produce, and it is production which in turn provides jobs, which create income that provides a source of taxation, giving the state the resources it needs to enable the whole system to operate – I would add – harmoniously.
In these extremely difficult times for the whole of what was hitherto termed the civilised world, when upheavals have begun to threaten the operation of many economies and of an increasing number of countries to a worrying degree, some clear-sighted people have realised that there is a serious risk of losing all we have achieved, and that society as we know it will cease to function.
Of course, new ones will undoubtedly emerge, but it is natural to fear the unknown.

A "group of the rich" in France have offered to help their country out of the crisis by paying extra tax. What they really are is a group of sensible, concerned citizens.

They are smart enough to see that it is better to make a few sacrifices and help safeguard the mechanism which has made them rich, so that the chicken can go on laying the golden eggs, than to witness the downfall of the middle classes who work, produce, consume, pay their taxes and create the added value and wealth which make this group of sensible, concerned citizens rich.

Unfortunately, this sensible attitude is not apparent in most of the initiatives taken by Europe's governments.
Ridiculous, masochistic and suicidal are the words which greet the announcement of a new draconian measure, which isn't really so bad after all because it will not apply to the millions of people who earn so little that they are exempt from paying tax.

It is a sorry society and a sorry governing class which is able to trot out these feeble arguments without flinching.

The warnings have been coming thick and fast. Indeed, the managing director of the International Monetary Fund has just warned against jeopardising the purchasing power which oils the productive machinery of our economies, provides jobs and ensures cohesive societies.

But of course the mania for direct cuts, for slashing costs here, there and everywhere, gets far more attention.
And this is not surprising, given the financial difficulties which, in turn, and like the other side of the same coin, threaten the balanced operation of our society and of our countries.

As always in life, and naive as it might seem, the key to everything is common sense.
There have been many instances in recent weeks that have highlighted the need for a bit of common sense, for this knowledge gleaned from experience, and the courage to act upon it.

In many situations, the important thing will be to accept the rule that, provided no actual harm is done, we forget the luxury of generating a profit and just allow there to be jobs. A simple exchange, without a winner or a loser, just giving people some work.

Clearly this is a role that can only be fulfilled by the State. One cannot require, or even ask, a private entity to work just for the sake of it, and to renounce or forget about making a profit. That would not make sense.

But to ensure that the "machine" continues to function and that people continue to enjoy the security which our society guarantees them, and to ensure that everything stays the way it is, we have to change something, to "reinvent" something in our civilised society. It is vital that there should be some things or some people that work without the need or obligation to make a profit.  With just the guarantee that no actual harm is done: a simple exchange, so that large numbers of people can work and be beneficially occupied, earning some income and not expending their energies on corroding or destroying the social fabric.

The group of sensible, concerned citizens understood this.
And it is this little pinch of intelligence and common sense that is behind the apparently naïve attitude of these worthy individuals.

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Carlos Pereira Martins
Conselheiro - Member

Comité Economique et Social Européen (CESE) 

Roubos Legais, Bancários e Fundos de Pensões ... Je m'en doute !







Alguem disse ,não há muito tempo, que os maiores roubos são os que se cometem legalmente.
Não está, obviamente, em causa apoiar o esforço governativo e da sociedade civil no sentido de corrigir graves erros do passado e relançar o País na senda do crescimento e do bem estar. Não se trata de imputar culpas apenas aos politicos e aos governantes.


Está para todos muito claro que os recuos culturais e a perda de valores em beneficio do viver a ostentação e a vida fácil, muito contribuiram para o ponto a que se chegou.
Alguma coisa já se começou a falar e a escrever sobre o ataque feroz que está a ser irreponsavelmente feito contra a chamada Classe Média, o grande elo de equilibrio e cimento de consistencia das sociedades ocidentais tais como sempre as conhecemos.
Mas ficar por aqui não basta. 
É preciso falar mais claro e refinar o detalhe.
O que foi já feito  com os Fundos de Pensões dos empregados bancarios, é, muito claramente, uma coisa que pode dar por um nome muito feio. Mas legal, naturalmente.
Assim como ir buscar recursos, aumentando desmesuradamente os impostos aqueles, únicos, que ainda os pagam, á classe média que vive do trabalho, será uma forma eficaz de sacar mas só até ao momento em que todos eles definhem e morram por falta de sustento - ou venham para a rua aos tiros, o que, penso, todos queremos evitar - confiscar o que os bancarios descontaram toda a vida de trabalho para garantir as suas reformas, passando os fundos de pensões para o grande bolo deficitário  que são os fundos da segurança social, não se pode chamar uma boa acção.
São fundos privados, geridos até aqui com o rigor posivel, não é, por isso, admissivel que vão pagar os desvarios que todos os poderes  politicos fizeram no passado recente, distribuindo o que não havia para distribuir, a troco de votos, quem  podia decidir, e criticando que a distribuição e o regabofe não ia tão além como devia, quem era oposição.
Esta foi a verdade, a realidade do desvario vivido só vindo á superficie e á luz do dia por força da crise internacinal que precipitou as coisas.
Prepara-se então o Governo para confiscar os fundos de pensões dos Bancários.
  
Não temos qualquer interesse em faltar á verdade e ao rigor. É necesário, por isso, acrescentar que também para os trabalhadores bancários, tendo em conta a promiscuidade de aplicações que alguns desses fundos faziam, com cruzamento de activos entre Instituições diferentes para cumprir as limitações impostas por lei, com valorizações empoladas ou ficticias dos activos dos Fundos, talvez a solução acabe  , numa situação extrema que todos desejamos não venha a acontecer, por proteger um pouco mais.
      Mas issso não invalida o principio nem os fins podem justificar os meios.
     É verdade que as Instituições deram o seu acordo e os representantes dos trabalhadores , os Sindicatos, também.
     Daí que a primeira coisa que nos vem á ideia, de imediato, seja o roubo legal.


Falamos da Banca, do sector financeiro e segurador. Também aqui muita coisa mudou. Vivemos, pelo menos até á ultima geração, com pressupostos inabalaveis que suportavam o negocio bancario e financeiro. 
Entre eles, o mais firme de todos, aauele que garantia que Banco é Banco, Seguradora é Seguradora, e esses são inquestionavelmente sérios. Será que com a anuencia dos Bancos para este negocio e com o passado recente do sector bancario, em todo o mundo, se podem manter estes pressupostos?
O que se preparou foi  passar os Fundos de Pensões da Banca para o Estado, passar a tratar, na pratica, como funcionarios publicos os já reformados e ir amealhando para um bolo que sabemos falido as contribuições dos ainda no activo.


Brevemente se dirá que não terão direito ás pensões atribuidas, na totalidade, pois as entidades patronais descontaram muito menos que as empresas do regime da Segurança Social.
    Mais fácil parecerá ser apelar á redução das pensões.
    Será, nessa altura, preciso relembrar que no caso dos bancarios os fundos de pensões     
    apenas cobrem as reformas e, no caso da Caixa Nacional de Pensões e Segurança Social,   
    cobrem pensões e saúde. Nos bancarios a saude é asegurada á parte, por outra entidade, 
    os SAMS.

E não se poderá fazer nada, perguntar-se-á. 
No contexto actual de basbaquice em que todos os cidadãos parecem ter sido colocados, não. Em nome da crise, naturalmente.
Noutros tempos, nesta mesma latitude e nesta Europa com outros Valores, haveria.
A alternativa de fazer parar, até que tudo isto fosse revogado, o sector bancario.
Morto por morto, condenados por condenados, ao menos cair com dignidade, com o direito á indignação bem vivo!
Talvez com outros valores e consciência de cidadania, já não digo com outros dirigentes sindicais, acredito nas dificuldades dos tempos que correm.

O mesmo se poderia dizer em relação á aplicação de medidas sucessivas e ao apelo á colaboração dos cidadãos e da Sociedade Civil no combate á crise e na aceitação de medidas cada vez mais gravosas e impopulares.
Racionalmente, o apoio não deveria ser contestado, se equilibrado o esforço e se, visivelmente, se estivesse numa sociedade de Valores, Solidaria, de Gente Boa.
O presuposto deveria ser de aceitação, de dar as mãos e colaborar.
Com uma resalva, apoiaremos assim que se veja que estamos com Gente de Bem.
Assim que os especuladores criminosos, os corruptos e quem atentou contra o bem comum e o interesse publico, seja julgado, responsabilizado e condenado. Assim que se comprove, por esta via, que os actores do poder judicial são , também, Gente Boa, o que quererá dizer com Valores.
Até que os " fugidos"  em Londres com a maior ineficacia, senão conivencia da justiça , os gestores fraudolentos dos BPNs e BPPs , parcerias publico- privadas, PPPs, autarcas que se portaram muitissimo mal, livres da prisão pela arte da prescrição de processos e outros que tais, não enfrentem a Justiça da República, não há colaboração.
Até lá, meus Amigos, recusa absoluta de contribuir com aumentos de impostos ou tudo o resto.
E depois, perguntar-se-á ?
Seria a desgraça igual á desgraça que , por esta via, iremos defrontar mais tarde ou mais cedo.
Só que, lá chegaremos com a espinha quebrada, sem um minimo de dignidade.
E aceitando que quem desencadeia uma crise destas, roubando e sendo corrupto, dela sairá com o poder de, em nome da salvação, ir aplicando todas as medidas que lhe permite manter o estatuto, a riqueza, o bem estar e o poder.
Poder de destruir tudo e todos.
Afinal, é bom que alguém fique para semente.
Mas será que a semente será dos melhores?
Je m'en doute !