sábado, 27 de maio de 2017

Quinta da Aguieira - ainda há primavera no jardim da minha Mãe !


Cuidam-se  do que já  havia ,  com  água  de fartura,  e  juntam-se coisas novas  para dar continuidade  mais cor   á  vida.
















terça-feira, 23 de maio de 2017

Nicky Hayden, Campeão do Mundo de Moto GP, faleceu num estúpido mas normalíssimo acidente de bicicleta.

Dir-se-á que "é a vida ! "

Mas que revolta que aconteça desta forma  simultaneamente normal e completamente estupida, também é verdade.

Quase o idolatrei  nas pistas.  Mantivemos  conversas cordiais, no Estoril  ao longo  de alguns anos.
Encontrado-nos num pequeno almoço no Four Seasons de Toronto, e  nessa semana,  apresentou-me  a  pessoas  a que ainda hoje  contacto  com alguma regularidade, mais para ir estando ao par, daquele mundo das corridas, da velocidade, que é também  aquele de que gosto.

Sinto  um misto  de  orgulho e de tristeza.  orgulho  por  o ter conhecido  um pouco  mais  de perto.  Tristeza  por tê-lo perdido.

Ficará na historia do desporto motorizado. De mim,  ninguém  mais falará. De aqui a,  no máximo, 40  anos,  tudo  ficará  resolvido.

Deixo  uma  homenagem  e saudade no Nicky.


 

sábado, 20 de maio de 2017

Mísia no CCB



Cheguei  cedo  ao  CCB. Deu  ainda para ouvir  muito  do  ensaio  da Metropolitana de Lisboa  para o concerto  de Plácido domingo  no Meo Arena,  na próxima semana.

A simplicidade de Mísia em  palco,  impressiona.  Pela positiva.

Á  medida que  desfiava  as suas canções, foi falando delas e dos poetas que lhes estão associados.
tocou-me  a proximidade que teve com Vasco Graça Moura, as cumplicidades partilhadas. Por delas também  ter  usufruído e delas guardar saudades.

O  unico poema conhecido de Agustina, feito para e sobre Mísia.

As letras   de  José  Saramago,  de Natalia correia,  o fado de Coimbra cantado  com  letra de Florbela Espanca.

E  falou  da amizade e das canções com letras de Lidia Jorge, "que é quem  melhor  sabe falar do desejo físico feminino", disse Mízia.

E  do  "nosso príncipe",  o professor Eduardo Lourenço.

E, já  lá para o final,  a surpresa,  a sua convidada,  Adriana Calcanhoto, vinda ali  desde Coimbra.

Fernando Pessoa, Amalia,  coisas de rara beleza.

E  ficar-me-á  para sempre esta noite  partilhada com Eduardo Lourenço  e Lídia Jorge,   os três  com  o mesmo ar  tonto e inebriado  depois de ouvir  tão belas musicas.  E o nosso encontro  com  Mísia,  no final.  Em  amizade,  em  convívio  de gente que  se aprecia  e  se  quer  bem.


 Prof. Eduardo Lourenço  e Lidia Jorge





Adriana  Calcanhoto

sexta-feira, 12 de maio de 2017




É com muita repugnancia que vejo a Esquerda onde sempre me incluí, fraquejar e dar abrigo ao PALEIO bacoco de quem com a Esquerda, com o progresso e os ideiais que permitiram Abril, gente que com isso nada tem a ver, não conhece, ignora e está, ideológica e geograficamente, ... A MILHAS de distancia .
Sim, causa-me repugnancia. Porque não dizê-lo? 
Alinhar nessa verborreia é dar cobertura á ignorâncias bacoca de quem com a Esquerda nada tem a ver, nunca teve e talvez possa acrescentar que odeia.
Alguns iliterados, ignorantes e ideologicamente formatados, plastificados, compactados pelos interesses de ocasião, nada consistente com o substracto que deveria existir, atiraram a BOJARDA, aquando da formação da plataforma de entendimento parlamentar, de esquerda, que dá apoio ao Governo do Partido Socialista, de apelidar de "Governo das Esquerdas" essa maioria parlamentar.
É mero desconhecimento, iliteracia, ausência de formação política e ideologicamente sem consistência, o uso dessa expressão.
Esquerda ou direita, são e sempre foram conceitos bem definidos, bem entendidos.
Outra coisa são as correntes ideológicas que as há de matizes variadas, tanto na direita como na esquerda.
Mas, estes plastificados dos novos tempos, como disso nunca entenderam, nada lhes diz, nem querem saber, lá por haver posições ideologicamente diversas, de raiz, de táctica ou estratégia política das várias organizações partidárias DE ESQUERDA, começaram a falar das Esquerdas. 
Uma ova.
Esquerda, é uma posição ideológica, forma de estar na vida, em sociedade.
Assim como Direita, é uma posição bem definida, conservadora, avessa ao progresso desde que não seja o progresso do "empreendedorismo" , da multiplicação dos euros, dos negócios.
Faz-me, repito, repugnancia, nauseas, ouvir vociferar beatas virtuosas e betinhos ingénuos da nossa praça usar o termo ESQUERDAS e, de seguida, quem é realmente de esquerda, na insensatez e repentismo do discurso, copiar e repetir sem filtrar.
Não ignoro os argumentos que dirão que, pois, mas como falamos de grupos políticos ou de pessoas mesmo que sem filiação partidária, que assumem posições diversas sobre questões importantes como a integração europeia, o euro, a eutanásia, a regionalização, etc, etc, será pertinente falar das "esquerdas". Várias, múltiplas.
Mas não concordo.
Já no tempo do Estado Novo era claro a posição dos democratas, das pessoas de esquerda, que lutavam pela instituição da democracia e da liberdade e dos alinhados com o regime e conservadores que tudo faziam para lhe dar continuidade e impedir o progresso e a paz. 
E nunca algum iluminado usou a verborreia das Esquerdas ou das Direitas. 
Apesar de tudo, ..., era gente mais conhecedora.
Talvez.
Pelo menos, gente que falava e escrevia, os que tinham tido o privilégio de ir á escola ou estudar mais um pouco, não eram muitos, sabemos, falavam e escreviam um português correcto, como agora só os "prémios Nobel" o fazem. Ouviam-se com naturalidade, sem repugnância. 
Posto isto, fica um voto:
VIVA A ESQUERDA, VIVA o PROGRESSO,
VIVA A REPÚBLICA !
Carlos Pereira Martins

quarta-feira, 10 de maio de 2017

ARMANDO BAPTISTA-BASTOS



Não há assim tanto tempo.
Foi há uns 6 ou 7 anos, em sua casa, ali nas laranjeiras.
Eu já tinha lido aquela interrogação num dos seus livros, num pequeno capítulo sobre as Salésias e sobre o Belenenses. Ás tantas perguntava: "...e o Vicente, alguém me sabe dizer o que é feito do Vicente? "
Naquele dia em que eu o ouvia com toda a atenção em sua casa, repetiu-se, para mim. Perguntou-me o mesmo que havia já escrito no livro.
Mas com imenso carinho pelo Vicente Lucas.
Fiquei de lhe levar o Vicente para deixar tudo em dia.
Fui algumas vezes a casa do Vicente Lucas, muitas vezes com a segunda intenção, confessada, de o meter no carro e o levar para, com Baptista-Bastos, irmos os três comer um Pastel de Belém, ali ao Vitor Domingos, aos Pasteis.
Nunca deu certo e já não dará. Desculpa, amigo, ficar-nos-á a intenção.
O Vicente sempre foi muito difícil de fazer sair de casa. Depois, começou a ter os problemas mais sérios com a perna, uma primeiro, depois a outra. O Baptista-Bastos, ia também adiando, à espera de melhores dias, de saúde.
Todos ficávamos agradecidos por tudo. E alegres.
Levei-lhe, mais tarde, as fotografias da inauguração das novas Salésias. A coisa já estava menos bem. Mas gostou. Muito.
Aceito quase tudo. Talvez isto não seja sequer como pintam, nem como um agnóstico poderá pintar em deambulações de duvidas sobre duvidas e certezas sobre o que definitivamente rejeita.
Não há milagres credíveis. Mas, quem sabe, talvez ainda um dia possamos ir á bola com o Vicente! Os três. Já sem precisar do alimento dos Pasteis de Belém !