sexta-feira, 12 de maio de 2017




É com muita repugnancia que vejo a Esquerda onde sempre me incluí, fraquejar e dar abrigo ao PALEIO bacoco de quem com a Esquerda, com o progresso e os ideiais que permitiram Abril, gente que com isso nada tem a ver, não conhece, ignora e está, ideológica e geograficamente, ... A MILHAS de distancia .
Sim, causa-me repugnancia. Porque não dizê-lo? 
Alinhar nessa verborreia é dar cobertura á ignorâncias bacoca de quem com a Esquerda nada tem a ver, nunca teve e talvez possa acrescentar que odeia.
Alguns iliterados, ignorantes e ideologicamente formatados, plastificados, compactados pelos interesses de ocasião, nada consistente com o substracto que deveria existir, atiraram a BOJARDA, aquando da formação da plataforma de entendimento parlamentar, de esquerda, que dá apoio ao Governo do Partido Socialista, de apelidar de "Governo das Esquerdas" essa maioria parlamentar.
É mero desconhecimento, iliteracia, ausência de formação política e ideologicamente sem consistência, o uso dessa expressão.
Esquerda ou direita, são e sempre foram conceitos bem definidos, bem entendidos.
Outra coisa são as correntes ideológicas que as há de matizes variadas, tanto na direita como na esquerda.
Mas, estes plastificados dos novos tempos, como disso nunca entenderam, nada lhes diz, nem querem saber, lá por haver posições ideologicamente diversas, de raiz, de táctica ou estratégia política das várias organizações partidárias DE ESQUERDA, começaram a falar das Esquerdas. 
Uma ova.
Esquerda, é uma posição ideológica, forma de estar na vida, em sociedade.
Assim como Direita, é uma posição bem definida, conservadora, avessa ao progresso desde que não seja o progresso do "empreendedorismo" , da multiplicação dos euros, dos negócios.
Faz-me, repito, repugnancia, nauseas, ouvir vociferar beatas virtuosas e betinhos ingénuos da nossa praça usar o termo ESQUERDAS e, de seguida, quem é realmente de esquerda, na insensatez e repentismo do discurso, copiar e repetir sem filtrar.
Não ignoro os argumentos que dirão que, pois, mas como falamos de grupos políticos ou de pessoas mesmo que sem filiação partidária, que assumem posições diversas sobre questões importantes como a integração europeia, o euro, a eutanásia, a regionalização, etc, etc, será pertinente falar das "esquerdas". Várias, múltiplas.
Mas não concordo.
Já no tempo do Estado Novo era claro a posição dos democratas, das pessoas de esquerda, que lutavam pela instituição da democracia e da liberdade e dos alinhados com o regime e conservadores que tudo faziam para lhe dar continuidade e impedir o progresso e a paz. 
E nunca algum iluminado usou a verborreia das Esquerdas ou das Direitas. 
Apesar de tudo, ..., era gente mais conhecedora.
Talvez.
Pelo menos, gente que falava e escrevia, os que tinham tido o privilégio de ir á escola ou estudar mais um pouco, não eram muitos, sabemos, falavam e escreviam um português correcto, como agora só os "prémios Nobel" o fazem. Ouviam-se com naturalidade, sem repugnância. 
Posto isto, fica um voto:
VIVA A ESQUERDA, VIVA o PROGRESSO,
VIVA A REPÚBLICA !
Carlos Pereira Martins

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