quarta-feira, 10 de maio de 2017

ARMANDO BAPTISTA-BASTOS



Não há assim tanto tempo.
Foi há uns 6 ou 7 anos, em sua casa, ali nas laranjeiras.
Eu já tinha lido aquela interrogação num dos seus livros, num pequeno capítulo sobre as Salésias e sobre o Belenenses. Ás tantas perguntava: "...e o Vicente, alguém me sabe dizer o que é feito do Vicente? "
Naquele dia em que eu o ouvia com toda a atenção em sua casa, repetiu-se, para mim. Perguntou-me o mesmo que havia já escrito no livro.
Mas com imenso carinho pelo Vicente Lucas.
Fiquei de lhe levar o Vicente para deixar tudo em dia.
Fui algumas vezes a casa do Vicente Lucas, muitas vezes com a segunda intenção, confessada, de o meter no carro e o levar para, com Baptista-Bastos, irmos os três comer um Pastel de Belém, ali ao Vitor Domingos, aos Pasteis.
Nunca deu certo e já não dará. Desculpa, amigo, ficar-nos-á a intenção.
O Vicente sempre foi muito difícil de fazer sair de casa. Depois, começou a ter os problemas mais sérios com a perna, uma primeiro, depois a outra. O Baptista-Bastos, ia também adiando, à espera de melhores dias, de saúde.
Todos ficávamos agradecidos por tudo. E alegres.
Levei-lhe, mais tarde, as fotografias da inauguração das novas Salésias. A coisa já estava menos bem. Mas gostou. Muito.
Aceito quase tudo. Talvez isto não seja sequer como pintam, nem como um agnóstico poderá pintar em deambulações de duvidas sobre duvidas e certezas sobre o que definitivamente rejeita.
Não há milagres credíveis. Mas, quem sabe, talvez ainda um dia possamos ir á bola com o Vicente! Os três. Já sem precisar do alimento dos Pasteis de Belém !




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