terça-feira, 3 de outubro de 2017
ONDE CHEGOU A PUBLICIDADE - Os criativos de agora, já entraram na "escola do Vale Tudo"
Vai muito longe o tempo em que um bom anuncio, um "spot" publicitário bem pensado, lançado por bons criativos, com cultura suficiente para trabalhar uma ideia, uma imagem ou uma frase que conseguisse permanecer na memória e nos ouvidos das pessoas por mais de meio século, visse a luz do dia.
Hoje em dia, na publicidade como, infelizmente, em muitos outros sectores da nossa vida, educação e cultura, essencialmente, a escola do Vale Tudo fez furor e parece estar para durar e se multiplicar.
Tão somente porque as pessoas a aceitam, não protestam e vão comendo o que ela lhes dá.
Dou dois exemplos recentes e muito concrectos.
Um, o anuncio do Montepio no qual, depois de um texto normal, mas sem nada a criticar, conclui, de uma mão para a outra : " o que seria do amarelo se não gostássemos de coisas diferentes ?"
Bom, não se percebe mesmo a preocupação e a conclusão sobre o amarelo. Porque não do AZUL, do verde ou do vermelho ?
Escrevi AZUl, com maiúsculas, por ser a cor do meu Belenenses, fica esclarecido. Mas tenho esse critério. Da mesma forma que o amarelo é, presentemente, antes foi azul durante mais de um século, a cor do Montepio.
A conclusão, o amarelo, é forçada e soa despropositada.
E o mesmo se passa com o anuncio do Novo Banco.
Resolveu criar uma coisa que não existe sequer no dicionário da língua portuguesa, por onde os "criativos" das agencias publicitarias não estudaram, por certo.
Raios.
Ao menos podiam ter criado qualquer outra coisa, um cofre mais forte para as poupanças, melhores taxas de juro para as aconchegar e fazer medrar.
Agora, uma "pouparia" ... !
Raios.
O que me aprece grave nisto tudo, é o facto de notar uma total ausência de imaginação, a ideia de que vale desde que seja novo, mas disparatado. E como sei que qualquer campanha publicitaria tem, obrigatoriamente, e mesmo passando antes pelo crivo dos técnicos de marketing, do director, por aí acima na estrutura interna da empresa, que passar por uma aprovação num Conselho de Administração... mais perplexo fico.
Daí, estar eu a um passo de concluir que o desnorte que tem andado pela Banca, a ver pelos exemplos referidos, provavelmente iguais aos que se passarão noutras instituições, terá muito a ver com os tolos de alguns administradores que as governam, ou não.
Valha-me alguém !
E, com isto me vou ... que se faz tarde !
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