Senhores Convidados, Senhores Conselheiros, meus Senhores e minhas Senhoras ,
A Presidência dinamarquesa pediu ao CESE um parecer exploratório sobre a educação para a energia, uma questão de particular interesse para a sociedade civil. O Comité Económico e Social Europeu já tinha elaborado, em 2009, um parecer exploratório sobre o tema «Necessidades em matéria de educação e formação para uma sociedade da energia sem carbono».
Um esforço europeu comum no sentido de uma política energética sustentável não só requer um quadro jurídico muito sólido e estruturado e a sua aplicação eficaz, mas tem de contar também com a ampla participação, compreensão e aceitação de todos os cidadãos dos Estados-Membros. Por este motivo, é indispensável aumentar a sensibilização para o tema da energia.
Este Parecer e esta discussão são tanto mais oportunos quanto, fruto dos tempos de crise global com que nos defrontamos já há mais de três anos, corremos um sério risco de deixar para um plano muito secundário questões que, antes, se colocavam já com uma prioridade muito evidente. As questões do ambiente e da Energia. Com o desenvolvimento da crise, a tónica e as prioridades colocam-se na obtenção dos recursos, dos meios de financiamento que faltam por todo o lado. É normal que assim seja, sem meios, não há projectos, sem recursos, não há planos para melhorar e gastar mesmo que isso seja justificado.
Mas há que lembrar as prioridades fixadas há muito e que o tempo desaparece vertiginosamente. É urgente agir para assegurar a qualidade de vida aceitável para as gerações vindouras, para assegurar a capacidade de produzir energias que suportem o crescimento e o desenvolvimento das economias, para assegurar, finalmente, o futuro e a sobrevivência do Planeta,
As profundas transformações, a nível mundial, por que estamos a passar hoje e por que passarão as gerações vindouras conferem cada vez mais relevância ao tema da energia nas escolhas políticas, industriais, coletivas e individuais.
Na definição da estratégia para uma energia competitiva, sustentável e segura, a União Europeia leva em consideração os desafios através de uma política energética comum e propõe-se:
- limitar os efeitos das alterações climáticas,
- assegurar o aprovisionamento das fontes de energia e diminuir a dependência das importações,
- garantir a competitividade do sector energético e garantir a todos os consumidores (privados e industriais) a disponibilidade física ininterrupta de produtos energéticos a um preço comportável num mercado europeu integrado e eficiente.
Os cenários possíveis do recente «Roteiro para a Energia 2050», adotado pela Comissão Europeia em 15 de dezembro de 2011, sugerem que, se os investimentos necessários continuarem a ser adiados, o seu valor até 2050 será muito mais elevado que agora e surgirão graves problemas a longo prazo.
Muito agradeço a presença e participação dos representantes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu, da Agência Europeia de Eficiência Energética, da Fundação Nacional Carlo Colloni, Business Solutions Europe, entre tantos outros convidados e Membros dos três paineis que iremos ter nesta Audiência pública.
Agradeço igualmente ao Secretariado da Secção TEN do CESE e aos interpretes presentes nas várias cabinas que tornarão possível o bom entendimento entre todos os presentes falando as várias linguas hoje disponíveis.
Carlos Pereira Martins - President of the Public Audition and the Opinion SG.
Um viseense de gema
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