A minha reacção imediata seria escrever isto:
Não me lixem !
Hoje há que dizer que todos os Partidos Políticos, todos os Gruos Parlamentares, talvez quase todos os Deputados, perderam a noção do decoro. E, os Deputados, eles e elas, perderam a noção da idade que os seus cartões de cidadão dizem ter. Homens, Mulheres, pais de filhos, avós ...? Não, com actos destes, mostram que ou são ou estão a brincar ás crianças, AOS PUTOS ! Se alguns até nem se importarão nada de dar, com exemplos destes, a mão , as duas mãos, e até uma mão por baixo e outra a amparar , ao POPULISMO, outros haverá, quero bem crer que a grande maioria, que ..deviam ter vergonha. Vá lá, isto não pode ser verdade num Estado de direito, democrático, Membro da UE, no século XX! ! Digam que foi engano, que é mentira.
Vão todos tomar banho e passem bem!
Aparece, posteriormente, o coro de populistas, oportunistas e quejandos que, sempre, como piolho na bainha, espreitam estas oportunidades. Claro que não gosto da dita anterior presidenta de uma tal "Entidade" , tem uma colocação de voz falsa, pretensiosa, não oferece confiança , dá ar de convencida. Mas fiquei a saber que havia e há uma "Entidade", coisa que se deve saber. E claro que não gosto do coro anti partidos e populista a que ontem e hoje as nossas televisões e imprensa escrita, "tão zelosa em ouvir pessoas" faz saltar para as primeiras paginas e para os altifalantes dos rádios das nossas viaturas e televisores de cada casa.
E por isto mesmo, pelo facto de ter um cérebro, controlo sobre as emoções e capacidade para pensar, reflectir, analisar e ponderar, leva-me a acrescentar isto:
Há uma questão prévia, antes da reacção imediata, primária, onde a ética, o rigor e a seriedade marcam e ditam qualquer conclusão.
Saber se se quer uma democracia representativa, parlamentar, com base nos partidos políticos ou não.
Se a resposta é afirmativa, como penso, é obvio que "isto como está, não dá".
Os Partidos estão todos endividados, pelas ruas da amargura, não é com as quotizações ou com o que recebem do Estado nas campanhas eleitorais ou outras que conseguem fazer face ás exigências de resposta de massas, de imagem, publicidade, reuniões e encontros onde quer que sejam chamados e, agora sim, a parte que reconheço que há muito onde aplicar racionalidade, bom senso, ética e seriedade, os aparelhos partidários, as clientelas.
Mas tão dramática é a situação para TODOS os partidos que, apesar do clima quase de guerrilha que se tem vivido, tiveram que se entender e promover um consenso que possibilitasse a aprovação desta lei do financiamento partidário.
E não é sequer o CDS e o PAN que estão de fora.
O CDS e o PAN estiveram nas reuniões ditas informais, viram, continuaram, participaram em tudo e, se de facto vissem naquilo o que o CDS agora diz, falta de seriedade, horrores e coisas que tais, apenas teriam que o denunciar ou, pelo menos, retirar-se dos trabalhos daquele grupo.
Não, calculistas e perdidos como são e lhes está nos genes, em tudo participaram, de bico calado e apenas na votação não alinharam.
Posição calculista, hipocrita, pois sabiam já que o consenso para a aprovação estava feito e mesmo votando contra iriam beneficiar tanto como todos os outros.
Está-lhes nos genes, no amigo, na cultura hipocrita e falsa que os rege.
O que foi feito teve um enorme lapso, uma falha descomunal, não ter envolvido, de inicio, facilmente pois que até o PSD estava a favor e necessitava desta alteração, envolver, dizia, o Presidente da Republica.
Marcelo, que vinha há meses a descer em popularidade, tais os exageros e posições de falsete que foi ostentando, teve aqui a sua prenda de natal.
A possibilidade de aparecer, de novo, aos olhos de quem muito critica esta medida e, sobretudo, a forma como foi feito, e são imensos da sua base eleitoral de apoio, do PSD ao PS e independentes, é-lhe assim oferecida de mão beijada.
Que Marcelo não se pode fiar em reeleições se perder o apoio da larga franja de eleitores de esquerda que o elegeram. Os verdadeiros sociais democratas, os democratas, não os populistas , falsetes e neo liberais que agora o acalentam.
O processo era quase inevitável, poderia ter outro calendário, não neste momento preciso, mas foi muito mal conduzido. Terão os ilustres Deputados pensado que aquilo era tiro e queda, maioria gerada entre eles, qual o quê contar com a populaça.
Mas , felizmente, ainda não é assim.
Felizmente, há luar, via-se e ouvia-se ainda não há um mês na Sala do Senado da AR.
Tenham mais juízo, por favor.