Um prado grande e muito verde, semeado de poucas arvores, umas mais secas e ramos espetados, outras mais verdejantes. A menos de cem metros, um olhar agudo, afiado, um vulto preto elegante mas sempre ameaçador. É a leziria, um cavalo mais ao longe, um barrete verde e vermelho, uma vara longa a apontar para os céus, que viva o campino !
E um sol forte na Maestranza, castanholas e sevilhans. Olé !
É maio, San Isidro ou Senhora de Fátima ? … não tomo partido.
Um capote, foi um vento que lhe deu, olé, olé, todo o pano pelo ar, sobre os ombros, sobre a cabeça, sobre as costas cobertas de oiro e luces.
Dois joelhos flectidos, qual peregrino em função, uma mão firme na muleta, castiga e abandona em leveza.
Dois ferros bem arranjados a verde e amarelo, pois que viva Espana ! … e mais dois envoltos em vermelho e verde , pois que viva a República !
Escuta-se Joaquin Rodrigo, sevilhanas, Paco de Lucia, Camané ou o Concerto de Aranjuez.
Que passa?
No passa nada, é a Festa companheiro !
A ela, cá lhe deixo o meu tributo.
Carlos Pereira Martins
A ela, cá lhe deixo o meu tributo.
Carlos Pereira Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário