quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Quinta da Aguieira, o sol de inverno e Viseu espraiada em frente. Ou, o paraíso deve ser parecido com isto !


Gosto, cada vez mais,  do sossego  da minha casa na Aguieira.
alguma nostalgia do tempo em que os meus Pais ainda lá moravam, dos campos sem  rasgos de estradas ou avenidas,  tudo  quinta, tudo liberdade para correr, saltar, descobrir caminhos, cheirar os campos e as brisas que soltam  as arvores, os ventos que se cruzam  do monte salvado  até ás vinhas, das mimosas até ás tílias.
Saudade.  Muita .
Mas continua a ser muito bom, sossegado, de quando em vez um carro que passa,  á noite, muitos carros que não chegam a passar, ali se quedam  e adivinham-se sussurros de amor , juras de ternura,  e    talvez  outros momentos de menos romantismo  e mais acção, que me dispenso de querer adivinhar.




Passo  o tempo que posso  ao sol, na varanda, com um livro nas mãos mas olhando  e perdendo  os olhos  nos campos,  no pinhal em frente, o Monte Salvado, na cidade de Viseu ali espraiada, no verde , no azul do céu  que é o mesmo de quando eu,  miúdo, por ali andava aos pássaros  ou a fazer tropelias.



 A cidade de Viseu  está ali quase ao alcance das mãos...!


 O meu sitio preferido na varanda, de frente para a cidade e para o pinhal  e as  mimosas !

 O  que  vai  restando  do jardim  da minha Mãe

 A quinta esventrada pela Avenida ...

... mas  que  me  vai  dando   a possibilidade de olhar  Viseu,  as  couves,  o verde dos lameiros...



Este terreno  fica mesmo  nas traseiras da minha casa da Aguieira  e  posso  por aqui  quedar-me numa sombra, atolar os pés quando  vem uma chuvada, apanhar avelãs...
   ...   ver como cresceram  as couves,  apanhar alguma, até...


... grelos,  alfaces,  de tudo  um pouco...





...  e  sempre sem tirar os olhos  da Avenida, da cidade de Viseu, do monte Salvado...




...  das  vinhas  ou das cepas  despidas, no inverno,  das videiras que em breve  irão desabrochar de novo...




... ao  fundo  deste terreno  propicio a boas caminhadas pelas sombras,  fica a casa...



...  e  os  trevos,  poucos mas um ou outro,  de quatro folhas...



... os  bugalhos ...









... gosto   mesmo  muito da vastidão  dos espaços  para andar, estar e cheirar...

 ... e  as  mimosas, o cheiro, as cores...


... restos  dos  jardins  da minha Mãe...  quem  a dera ainda por aqui...

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