domingo, 30 de dezembro de 2018
sábado, 29 de dezembro de 2018
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
PARQUE MAYER
Antonio-Pedro Vasconcelos realizou um fime.
Também há quem diga que Antonio-Pedro Vasconcelos fez um novo filme, Parque Mayer.
Parque Mayer, de família Lima-Mayer.
Tive em tempos um colega chamado Lima. Mas não era Mayer. Apenas Lima e em vez do Mayer era Boavista, creio. E ficava fulo quando lhe trocavam o apelido Boavista por Boavida. Lá teria as suas razões para tão forte trauma. Isso, são outras historias que não valem o tempo de as recordar.
Antonio-Pedro Vasconcelos é do Benfica. Eu sou Belenenses, Vasco Lourenço é do Sporting e Fernando Gomes do Porto. Com tudo o que cada uma dessas paixões arrasta e implica.
Com este filme, Antonio-Pedro Vasconcelos, anulou e fez apagar até essas diferenças emocionais, as diferenças motivadas por essas paixões.
Antonio-Pedro Vasconcelos integrou. E isso é coisa difícil de conseguir.
Integrou as diferenças, os sentimentos plurais, deixou em evidencia o que de pior há no sentir das pessoas, a vingança, o ódio, a denuncia vingativa, e o que de bom há em contraponto a esses sentimentos mesquinhos, o sentir plural, solidario, o respeito e a integração das diferenças.
Mas, Antonio-Pedro Vasconcelos fez arte.
E, afinal, o que é a arte, de que coisas é feita a arte ?
De quantas artes é feita a arte ?
Antonio-Pedro Vasconcelos fez arte escolhendo e inventando planos, dirigindo a camera, escolhendo os rostos, as expressões, os risos e os choros feitos de lágrimas ou de soluços contidos, apertados na força de uma censura nas gargantas e nos peitos que não é só a censura dos censores dos trechos e dos quadros da revista que passaram no Parque Meyer. É também a aquela força que as pessoas fazem para não soltar lágrimas que em vários momentos deste novo filme se aprestam a sair.
Antonio-Pedro Vasconcelos fez arte com os textos escritos e repetidos pelos actores, fez arte feita dança e bailados com os sentidos de quem esteve hora e meia a ver o seu novo filme, Parque Meyer.
Sentidos que se agitaram, saltaram e rodopiaram vezes sem conta entre a emoção da beleza exposta e quase dada a comer ou a beber a quem assistia, da alegria gritada e partilhada e da comoção de quase os levar ás lagrimas ou ao choro compulsivo desde que não censurado e, por decência, contido.
Antonio-Pedro Vasconcelos fez arte ao tornar explicitos e fielmente recreados ou renascidos os medos, as dores infligidas e os horrores dos carrascos de outrora.
Antonio-Pedro Vasconcelos fez amor feito de vários amores de que o amor se diz que pode ser feito.
Trouxe de novo à luz das telas o que de bom trouxeram todas as Marias ou, no caso, as Deolindas . O que tinham de genuino, puro, leve e de alegria contagiante.
Mais do que tudo isso, Antonio-Pedro Vasconcelos deixou-nos, a brincar ao cinema e aos filmes feitos agora, para quem esses tempos não os viveu, uma visão de tempos passados que por certo gente que ao sair do Parque Mayer e que escolhe virar à esquerda para a grande Avenida da Liberdade e nela aproveitar a Alegria possivel de quem virando à direita sempre desemboca na Alegria, uma visão e um enorme e sério aviso sobre o que todos os que vindo por bem, não querem que se repita. -
Não cai na leveza de ser uma comédia, longe disso. Não cai na fraqueza de ser um choradinho ou um uma historia delicodoce, nada disso. É serio, divertido, bem doseado. Tal como um antigo Bispo de Viseu, Alves Martins, dizia que a religião deveria ser, como o sal na comida, nem demais, nem de menos.
Por tudo isto o que ficou escrito e o que só ficou sentido ou contido, um forte abraço de agradecimento ao Antonio-Pedro Vasconcelos.
A todos os outros que já perderam dois minutos a ler estas linhas, um conselho amigo: vão ver o file, este, Parque Mayer.
E. depois, digam-me se tenho ou não razão.
Carlos Pereira Martins.
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Juntando-se ás comemorações dos 150 anos de elevação de Santarém a cidade, a Ancora Editora e dois autores ofereceram à Camara Municipal 150 livros para a biblioteca municipal e para distribuição pelas escolas do município.
Pedro Barroso, Carlos Pereira Martins e Antonio Baptista Lopes
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
Presidi, durante uma década, à comissão Executiva do Conselho Nacional das Ordens Profissionais, o chamado Conselho de Bastonários.
Já antes, tinha integrado o Conselho Nacional das Profissões Liberais, que antecedeu o das Ordens.
Conheço, pois, como as minhas mãos, a historia das últimas décadas de cada Ordem Profissional, as especificidades de cada uma das Profissões Reguladas e o quadro legislativo e normativo que as regula e lhes confere poderes delegados pela Assembleia da República, agora, através da recente Lei-Quadro.
Fui, nesses anos, o único não Bastonário a presidir à Comissão Executiva. Talvez pela simples razão de que os Senhores Bastonários sempre foram pessoas muito ocupadas, muito solicitadas e é necessário haver ao lado alguém disposto a trabalhar com a organização e a papelada.
Ser Bastonário, era, nesses tempos, uma distinção muito importante. Sempre pessoas, profissionais da maior competência, pessoas integras e dispostas a exercer cargos e mandatos quase sempre pro bono, movimento associativo na sua pureza.
Passaram "por mim" Bastonários como Pires de Lima, Germano de Sousa, o Enfermeiro germano Couto, a Enfermeira Maria Augusta de Sousa, Maria Irene Silveira, Pedro Nunes, Rogério Alves, Marinho Pinto, e muitos, muitos outros.
Sempre, mas sempre mesmo, foi observada com todo o rigor uma regra simples mas essencial ao funcionamento e entendimento de todas as Ordens e Profissões naqueles fóruns comuns.
A regra que distinguia completamente as Ordens dos sindicatos de cada profissão e outra que impunha que ao Conselho apenas interessavam os pontos, aspectos e assuntos transversais a todas as Ordens e Profissões. Se assim não fosse, dadas as especificidades e diversidade de todas elas, não haveria entendimento e dialogo possível.
Por isso vi com muito agrado a passagem como Bastonários de pessoas que vinham directamente do movimento sindical, dos sindicatos, como Pedro Nunes nos Médicos e Maria augusta de Sousa, nos enfermeiros, para dar dois exemplos agora muito elucidativos.
E, nunca por nunca qualquer destas pessoas, Bastonários, misturou os respectivos papeis. Uma vez Bastonários, foi sempre os assuntos e matérias relativos ao exercício das respectivas profissões, para os quais tinham poderes delegados pela Assembleia da república, que os norteou.
Pessoas com enorme valor, sem qualquer dúvida. É voz corrente, há alguns anos a esta parte, que se tornou quase corriqueira a atribuição de louvores e distinções pela Republica por estes serviços prestados com elevação à sociedade. Talvez lamente que todos esses não tenham tido a grande e merecida honra de terem sido distinguidos. Sem falsa modéstia, eu próprio, depois de mais de uma década a presidir e, antes, depois de quase trinta anos a servir e trabalhar com as Comunidades portuguesas espalhadas pelos vários continentes sendo proposto para uma distinção honorifica pelo Conselho das Comunidades Portuguesas, e mais cerca de dez anos como Membro do C.Economico e Social Europeu, sentir-me-ia muitíssimo honrado e compensado apenas pela distinção para legar aos meus sucessores.
Confesso que, nos tempos mais recentes, tenho sentido uma enorme tristeza na constatação de que os pressupostos que enunciei para as Ordens e os Bastonários não são agora observados.
Assisto, com tristeza, reforço, a greves convocadas ou apoiadas o mais activamente e misturadas na actividade corrente de Ordens Profissionais e Bastonários.
Lamentável, penso até que ilegal à luz da Lei Quadro das Ordens Profissionais.
A credibilidade e honorabilidade de um Bastonário, desses tempos idos, não se compadeciam com a mistura nas lutas políticas. Um Bastonario dos tempos idos, entendia e cumpria que representava profissionais ideologicamente situados em todo o espectro politico. Por isso mesmo, deixavam a política aos Partidos e dessa forma adquiriam maior independência, credibilidade e maior poder negocial e representativo para as Ordens, para as respectivas Profissões Reguladas.
Carlos Pereira Martins
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
70º aniversário dos Direitos Humanos
Presidente Jorge Sampaio e Carlos Monjardino, o anfitrião do Museu do Oriente.
Homenagem a
Antonio Arnault
e ao Serviço Nacional de Saúde
Prémio entregue pelo Presidente Jorge Sampaio
Arnault e Miguel Torga
A medalha alusiva à homenagem foi entregue ao filho de Antonio Arnault
Luanda Cozeti
Artistas, homenajeados e participantes juntos em palco.
O anfitrião, do Museu do Oriente, Carlos Monjardino
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