sexta-feira, 27 de maio de 2016

Em memória de minha Mãe







Cada  vez  que  chego á Quinta da Aguieira, em Viseu,  sinto  que daquela casa  sairá a minha Mãe, como sempre aconteceu, para nos abraçar e dar as boas vindas, transbordando de alegria.






Talvez por isso,  como as coisas  e as recordações não são indissociáveis,

não posso esquecer-me, nunca,  do gosto que tinha no jardim,  hoje já não
comparável  ao  bonito jardim que existia na altura, há quase nove anos.

Ao   jeito  de uma  carinhosa homenagem,  ficam  algumas imagens das suas rosas e outras flores que foram resistindo ao tempo, á falta dos seus cuidados carinhosos, posteriormente á falta dos cuidados e visitas do meu Pai.
A grande avenida que se vê  ao fundo das rosas, que liga as traseiras do tribunal ao monte Salvado, o pinhal enorme sobranceiro á cidade e que ainda é nosso, apesar da invasão da Polis e da construção, "sobre"  a Quinta,  do Parque Urbano de Viseu,   não existia na altura.
Ficam as imagens  cheias de beijos meus, que não são visíveis,  que minha Mãe adoraria ! 





















































































Adoro  os ciclos da natureza.  Ainda há pouco era inverno, chuvas e ventos que não deixavam passear pelos campos e pelos jardins,  aí temos a natureza a rebentar, o novo ciclo de Vida,  já as videiras mostram rebentos, cachos pequenos  que serão uvas frescas e apetitosas.

É  notável a vida,  em sentido lato, é notável a natureza e o notável desconhecido,  tudo  o que está para além do reduzido conhecimento  que temos, e que tanto contribui para as maiores especulações, adivinhações  e profecias -  tantas vezes com fins inconfessáveis, comerciais e  de justificação de domínios e poderes mesquinhos.


Viva  a VIDA !






















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