quinta-feira, 20 de março de 2014
Conferência em Atenas, 20 Março 2014 - Overcoming the socio-economic consequences of greece´s crisis
Foi com uma enorme surpresa que ouvi o discurso do Vice Primeiro Ministro grego, anterior Ministro das Finanças e negociador com a Troika.
Falamos mesmo em privado com o vice primeiro Ministro Venizelos e confirmou-me que a Grécia partiu com um enorme défice, 13% na altura do inicio da crise, registou em 2013 um superavit !
Que a Grécia optou por não ser mais troikista que a própria Troika, evitou ao máximo a austeridade e quer rapidamente repor os cortes obrigatórios que foi obrigada a fazer. Adiantou-me ainda que a perda de poder de compra, média, do rendimento disponivel, é, até agora, desde 2007, de cerca de 11%, havendo grupos da sociedade que foram mais afectados.
É um quadro completamente diferente do que se vive em Portugal, segundo o relato de um dos principais responsáveis gregos.
Na europa, fizemos uma moeda sem Estado, vieram os reflexos da crise financeira nos EUA, colocaram a descoberto as vulnerabilidades da moeda europeia. Agora, desde 2007, concluimos que a Europa perdeu 10 anos.
Comparando a forma como a Europa e os EUA geriram as crises, temos duas escolas completamente diferentes. A dos EUA, escola optimista, resolvendo as situações dos Bancos, fechando alguns, privilegiando o crescimento e o emprego, o crescimento da economia. A escola pessimista , da Europa, focada na austeridade, nas medidas que levaram á pobreza de grande parte da sociedade, ao desemprego e ao desespero.
Tivemos e temos crises diferenciadas nos vários Estados Membros mas todas elas crises sistémicas do Euro.
Nesta altura não se poderá dizer que a Europa esteja melhor preparada para enfrentar o futuro mas está mais confiante na chamada "providência dos deuses"
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