Foi uma noite para encher os sentidos de sensações boas, coisas que só se usam ou se levam á mesa em dias muito especiais.
Uma imensa manta de amizade envolveu tudo e todos. O palco, os músicos, o Pedro, a plateia, os corredores do Tivoli e, penso, que ainda deu para ser sentida por quem, a essa hora, descia calmamente a avenida da Liberdade.
Sim, porque foi também, para além de um longo hino á amizade, outro imenso hino á liberdade.
Aconchegadinhos e todos envoltos na manta de amizade, saborearam-se nectares raros que só os poemas bem escritos e depois muito bem ditos, deixam exalar.
Os sentidos tocaram ao de leve, para não as estragar, as canções que desde sempre andaram e andam nos corações e nas gargantas daquela gente, muita, que encheu o Tivoli.
Os olhos puderam descansar na tranquilidade do palco, na sobriedade e iluminação quanto bastasse e na postura discreta mas sempre dando sinais de amizade e vivas á liberdade de todos os que estavam em palco. Houve vezes, em que os sentidos ficaram em alerta, por uma luz vertical, por outra transversal ou por outra ainda lá de trás, que o poeta, escritor, amigo, sonhador, cantor, musico e ... não, engatatão era o Antonio, no dizer dele, a quem a assistência desta noite no Tivoli prestou uma sentida homenagem feita de muitas palmas, aquela que a imprensa, as rádios e televisões se esqueceram de fazer quando nos deixou. Ou não tiveram tempo ocupados que estariam com as coisas mesquinhas que por aí andam.
Foi noite de reviver e recordar com o coração o nosso Zeca. De inconfidências calculadas e não abusadas. De Leiria para cima, todos nós fomos esta noite de esquerda. Até um antigo ministro das finanças que, felizmente para ele, á esquerda não deve nada. E fez questão de também estar connosco no camarim do Pedro, no final daquela noite memorável. É que, felizmente, as pessoas não são os rótulos que lhes colocam ou que querem usar.
Pessoas são ..., como se explica? ... como posso definir? ... pessoas são ... já sei, gente como o Pedro, enormes no sentir, grandes no saber, no dar, no abraçar, no saber ser digno de receber, ... são fraternas, pois então.
E por aqui tenho que ficar. vou colocar um cd que o Pedro já fez mais um favor de me dedicar e assinar.
Se as imagens valem por muitas palavras, as palavras do Pedro valem por muitas imagens, cada uma.
Abraço ó meu irmão Belenenses !
Sempre gostei de chegar cedo e ver a "casa" compor-se, encher.
E assim foi ficando .
Até que o palco ganhou vida e o Tivoli se juntou, palco e plateia num só.
E foi a hora de visitar o Pedro, já no camarim mas ainda sem o quarto de hora de descanso recomendável mas por ele sempre adiado.
No camarim, o grupo de amigos, com o Pedro Barroso, logo após o espectáculo.
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