Adenda
Volto a esta publicação para mais uma consideração e uma sugestão.O que ficou dito sobre Fernando Ferreira significa que ele é um valor do desporto viseense e, sobretudo, um exemplo a seguir para a juventude do nosso distrito.
É assim que me atrevo a lançar a ideia, muito especialmente á consideração dos meus bons amigos Presidente Almeida Henriques, José Junqueiro e Dr Jorge Silva, de uma distinção da Camara Municipal da nossa cidade a este desportista de eleição.
Agora que as autarquias passaram a olhar e poder promover o desporto, coisa que nos anos da minha juventude era rara, difícil e pouco lembrada, distinguir o mérito desportivo será, sobretudo, dar um motivo e um exemplo á juventude para o adoptar e seguir.
Não é fácil a um cidadão, um jovem do interior, guindar-se ao ponto de ser reconhecido por todo o país desportivo .
Outrora, no meu tempo de jovem, o Rodrigo Moura e o Bastos, os dois chamados á Selecção Nacional de juniores, teriam merecido uma distinção de mérito desportivo pela autarquia viseense. Nem faço ideia se ela existe. Que seria muito adequada, seria.
Fica uma ideia singela, certo de que, se esta for realizada, muitas mais se seguirão. É importante que o valor seja reconhecido em vida, neste caso, na flor da idade.
Bem a merecia, neste caso, o Fernando. Peço desculpa pela intromissão. No reconhecimento do mérito, como no bem comum, fica muito bem que as forças políticas, todas, sejam convergentes e esqueçam o que as distingue e faz divergir.
Carlos Pereira Martins
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Fazia horas para ir visitar o meu Pai.
Resolvi parar no parque do Fontelo e, uma vez lá, fui dar uma olhadela ao interior do estádio onde joguei dois anos, nos juniores do Académico, quando era ainda estudante no liceu de Viseu.
Mal eu adivinhava que, uma vez lá dentro e enquanto passava os olhos pelo bonito estádio, lá bem no meio do relvado, mesmo no circulo central, um vulto cruzava o olhar com o meu. Desci e era mesmo o meu velho amigo das lides azuis, o Manuel Cajuda.
Explicado o encontro fortuito, a conversa situou-se logo nos anos em que Cajuda treinou, no seu dizer, o seu amor quanto a Clubes, na Presidencia do Dr Ramos Lopes em que tive a honra de fazer parte, com o saudoso Major Baptista da Silva, da Mesa da Assembleia Geral.
Não poupou, como não poupa, elogios ao Dr Ramos Lopes, o que muito me alegrou, um grande Belenenses e um bom amigo.
Ficou prometido novo encontro e deste, resultou já uma foto que a FNAC imprimiu e levou uma expressiva dedicatória.
Da passagem desta manhã, de novo, para a troca de fotografias, pelo Fontelo, revi um outro amigo, viseense de gema, orgulho do futebol das terras de Viriato, dono de um remate de canhão, coisa que faz falta a qualquer equipa ganhadora e que passou algumas épocas pelo Restelo deixando o seu nome gravado pelas melhores razões, o Fernando Ferreira.
Para além destas qualidades e do antes quebrar que torcer, próprio da descendência do pastor dos Montes Herminios, o Fernando é acima de tudo um homem bem formado seguindo as virtudes e valores dos seus progenitores ilustres viseenses também.
Foi, portanto, uma manhã a matar saudades.
Claro que haverá outras no futuro e com Manuel Cajuda ficou já apalavrado um próximo almoço.
Nesta baliza marquei o meu primeiro golo oficial. Num jogo de Juniores contra o Covilhã.
Uma manhã de chuva torrencial como nunca mais vi, frio intenso e granizo.
era meu treinador Osvaldo Silva, antigo internacional e jogador do Sporting.
Antes del, tinha sido treinado dois meses por José Maria Pedroto que passou pelo Academico antes de ir para o FC Porto.